Texto por: Carlinha de Paulo
“Celebrem o nome de Deus o dia inteiro, todos os dias! Quero dizer, alegrem-se nele! Resumindo, amigos, o melhor que vocês tem a fazer é encher a mente e o pensamento com as coisas verdadeiras, nobres, respeitáveis, autênticas, úteis graciosas – o melhor, não o pior; o belo, não o feio. Coisas para elogiar, não para amaldiçoar. Ponham em prática o que aprenderam de mim, o que ouviram, viram e entenderam. Façam assim, e Deus, que é soberano, irá completar em vocês a mais excelente harmonia” – Fp 4:4, 8-9 (A mensagem).
Celebrar aniversários é algo que eu amo. Para mim eles têm gosto de desafios, sonhos e gratidão .Tudo junto e misturado, como na vida! Há celebrações de aniversário que ganham um gosto especial por uma conquista daquele ano, a cura de uma doença, a expectativa do que virá ou, então, porquê a soma da idade dos aniversariantes ultrapassam 300 anos!
Essa foi a oportunidade que tive no dia 31-5-12 na comemoração dos aniversariantes do mês do “Lar Vicentino”, em Piratininga. Dona Nega, Dona Val, Dona Vita e Seu Juvenal foram a causa de uma pequena reunião em que alguns familiares estiveram presente, bem como os funcionários e alguns voluntários da instituição. Tive a oportunidade de compartilhar uma breve palavra e vê-los ali me fez pensar em como vivo meus dias e, graças as falas de muitos deles, me encheu de esperança e temor sobre como farei isso.
A Tati, nossa obreira aqui na Vila do Louvor, trabalha semanalmente lá, de forma incansável e inspiradora. Uma das pessoas que fez aniversário esse mês foi a Dona Nega, pra mim expressão maior do que ela tem feito ali. Dona Nega tem 72 anos e estava linda na nossa festa. Maquiada, unhas feitas, roupa nova, pinturas em panos de pratos sendo expostas como verdadeiras obras de arte. O sorriso no seu olhar contagiava a todos. Há motivos de sobra para ele: sua família, sua história e a mais recente descoberta, ao começar a pintar panos de prato, de que ainda pode aprender coisas na vida e fazer alguma coisa útil. Doce engano se ela acha que essa é a única coisa que ela ainda vai aprender na vida e que faz de útil.
Sendo ágil e doce, ela não percebe o que sua presença traz. Naquela tarde ela coordenou os idosos, recepcionou a família, viu detalhes da festa e transbordou gratidão. Ela trouxe movimento a muitos que o deixam adormecer, me inspirou a viver muito e mostrou à Tati o quanto vale à pena seu amor e investimento naquele lugar. Ao fazer isso, ela viveu. E como vive bem! Ela era, naquele dia, a expressão maior do que é celebração. Celebrou a si mesmo, celebrou sua vida, celebrou a todos os presentes.
É, que possamos aprender com Paulo e Dona Nega a sempre celebrar. Ao outro, a nós mesmo, a Deus. Que isso seja uma das marcas da nossa existência.
Veja algumas fotos abaixo:
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