E fomos impulsionadas a entrar no hospital. Ficamos apreensivas com essa idéia, mas sabíamos que ali encontraríamos pessoas emocional e fisicamente feridas, muitas com o sentimento de solidão e abandono, precisando de esperança. Isso descreve as pessoas que Deus nos disse que encontraríamos nesse tempo de prático e nosso desejo de que o amor de Jesus invadisse esse lugar, alcançado pessoas ali, mesmo que uma só. Assumimos o risco e entramos, sendo que fomos surpreendidas pelo que aconteceu ali, sendo que testemunhamos muito mais do que imaginávamos.
Ao entrar no hospital vi um bebê em um andador, perto de uma maca em que uma menina, sua irmã, se encontrava com os braços e pernas enfaixados. Perto delas uma maca em que a mãe tentava descansar e um marido e pai ansioso, vítimas de um incêndio que os roubara tudo e queimara a menina Luciana, de 4 anos, tentava pensar no futuro incerto. Enquanto brincávamos com as crianças, descobrimos que a bebezinha, Keila, faria 1 ano no dia dia 28/05. Que oportunidade de trazermos esperança e celebrarmos a vida! Quando deixamos o hospital, entendemos que o convite que tínhamos era para trazermos o Reino de Deus nessa situação e para essa família e começamos a planejar uma festinha com direito a animação, bolo, música e bexigas. Quando chegamos no quarto do hospital cantando, olhares cheios de surpresa nos receberam, sendo que pessoas que trabalham ali foram ver o que estava acontecendo. De um dia comum, surgiu o extraordinário. Da falta de expectativa, brotou a esperança e enquanto brincamos e celebramos a vida, na simplicidade, o amor de Jesus foi compartilhado, alcançando a vida daquela família e as nossas também, nos ensinando sobre o poder curador do amor. Nossa oração é que Deus continue se revelando a essa família e que a graça dEle seja manifesta nesse tempo cheio de medo, bem como eles possam conhecer a alegria do Senhor que nos fortalece e nos ajuda a atravessar tempos como esses. Continuem orando por nós!