Texto por: Marcela Fernandes
Acho que muitos dos cristãos hoje não sabe que o melhor da música ocidental floresceu dentro da igreja. Nomes como Vivaldi, Bach, Handel são grandes na música mas tudo começou com um coração devotado a Deus. A música erudita não é mais tão celebrada nas igrejas hoje, mas a maior parte dos músicos tem alguma raiz cristã ou pelo menos iniciou seu estudo numa igreja. Ela ainda é um dos maiores formadores de músicos e temos ainda grandes nomes como o do Maestro Mincsuk, regente da OSB (Orquestra Sinfônica Brasileira).
Sentada no naipe dos primeiros violinos da Orquestra Sinfônica de Bauru, vendo aquelas partituras difíceis, como a 1ª Sinfonia de Beethoven, percebo quão grande é o Deus da música, sua criatividade ao nos dar um cérebro capaz de produzir melodias, harmonias e arranjos tão complexos mas que chegam aos nossos ouvidos simples e nos atingem tão profundamente. Mais do que música, podemos ver fluir vida. É um trabalho árduo o do músico. Ele precisa expressar mais do que sons e por isso dedica sua vida inteira para crescer musicalmente. Estar alí no meio de tantos músicos é desafiador, pois acredito que o desejo do coração de Deus pra nós é que vivamos intensamente nossa vocação diante de sua face, Coran Deo e meu papel é viver de forma que outros músicos como eu possam adentrar essa vida também, saindo da superficialidade da religiosidade e buscando viver cada dia pra Ele. No meio desses jovens músicos aprendo muito e espero ser pra eles também um arauto que expressa bem o que é ser músico no ponto de vista de Cristo.
“Cristo veio nos redimir para nos tornar humanos, no sentido pleno da palavra. Ser novo homem significa que nós podemos começar a agir em nossa plena e livre capacidade humana, em todas as facetas da vida.” Hans Hookmaaker