Texto por: Renato Wong.
No século XVI, a reforma protestante revolucionou a Europa e o Ocidente. As consequências diretas desta revolução, que infelizmente em muitos lugares aconteceu às custas de vidas e derramamento de sangue por causa da resistência dos soberanos, foram a diminuição da corrupção, da criminalidade, da pobreza e um aumento no número de invenções, um aumento no conhecimento, na educação, na agricultura, etc.
Mas o que isso tem a ver com vocação? Tem tudo a ver! Um dos alicerces da reforma foi a transformação (ou restauração) do conceito de trabalho. O trabalho que antes era visto como uma maldição imposta pelo destino e visto como algo a ser evitado (o que fica bem evidenciado com a opulência e avareza dos nobres e ricos da época) começou a ser visto novamente da forma Bíblica: o trabalho é benção de Deus, o que foi bem sintetizado por Thomas Carlyle, escritor escocês:
Laborare est Orare, Trabalhar é adorar… (…) Todo o verdadeiro Trabalho é sagrado; em todo verdadeiro Trabalho, era assim mas no trabalho manual, há algo de divino (…) Nenhum homem tem trabalho, ou pode trabalhar, exceto religiosamente; nem mesmo o pobre trabalhador diário, o tecedor de seu casaco, o que costura seus sapatos (…)”
Quando as pessoas entenderam que Deus lhes deu uma combinação de dons e talentos exclusivos, e que seu trabalho bem feito é uma forma de adoração a Deus, tudo mudou! Imagine um mundo em que os políticos, médicos, advogados, juízes, pedreiros, administradores, todos soubessem que seu trabalho é uma forma de adorar a Deus?
Por este motivo, temos ensinado o curso YES! Guia de Carreiras, da Universidade da Família. Se queremos uma sociedade transformada, além de muita oração, as pessoas precisam entender que seu trabalho é adoração a Deus, e que todas tem um chamado e uma vocação a cumprir, e não que o trabalho é apenas um “meio” de conseguir dinheiro para se consumir o que se deseja.
Esta é a primeira turma de muitas! Nossa intenção é que o curso possa ser oferecido em parceria com diversas instituições de Piratininga e Bauru.
Algumas fotos da primeira turma do curso (por Fernanda Baroni):