Já faz um tempo que tenho meditado em Efésios 4, e hoje parei no versículo 20:
“Todavia, não foi isso que vocês aprenderam de Cristo.”
A primeira pergunta que veio foi: se algo está sendo feito em desacordo com o que foi ensinado, está sendo feito da maneira errada. Que maneira errada é essa? Pra saber precisei voltar um versículo, no 19:
“Tendo perdido toda a sensibilidade, eles se entregaram à depravação, cometendo com avidez toda espécie de impureza.”
O mais curioso foi perceber que nunca tinha parado pra pesquisar o significado de DEPRAVAÇÃO. Pra mim, e creio que pra você também, sempre teve conotação de algo que contraria uma conduta muito religiosa e muito puritana. Vamos ao significado de depravação:
“alteração prejudicial na saúde; perturbação física. — degradação moral; perversão, corrupção. — decadência, decaimento, declínio.”
Quer dizer que depravação é/ou pode ser qualquer coisa que o prejudique, até mesmo em sua saúde física?
Isso começou a desreligiozijar a palavra em si. Algo depravado faz mal a própria pessoa que age desta forma, não importa a circunstância. Só importa um prazer, um desejo interno e intenso, só importa se satisfazer a custa de seja lá o que for: sem freio, sem limites, se entregando ao que faz mal, machucando a si mesmo e aos outros, é alguém sem pastor.
O interessante também é que o verso 19 diz — “…tendo perdido toda SENSIBILIDADE” outra característica sobre a qual pensei é a falta de sensibilidade. E na minha cabeça, juntando todas essas peças eu lembrei de duas figuras do cinema.
Kevin (Fragmentado)
Dois personagens interessantes. O primeiro é um ser que só busca um objeto, ele o deseja acima de tudo, o objeto faz dele alguém mau, o machuca, mas ele quer, deseja, “precisa”.
O segundo é um homem com diversas personalidades, cada um com suas qualidades e defeitos, porém uma personalidade é a BESTA, um ser que só busca se satisfazer, não tem valores, não tem propósito, é puro instinto!
Talvez tenha um pouco de Sméagol e Kevin em nós (em mim), alguém que não quer limites, regras. Eu oro pra que não percamos TODA a sensibilidade e ainda possamos ouvir o Pastor:
“1. O Senhor é o meu pastor:
nada me faltará.
- Ele me faz descansar
em pastos verdes
e me leva a águas tranquilas.
- O Senhor renova as minhas forças
e me guia por caminhos certos,
como ele mesmo prometeu.” (Salmos 23)
Nada me faltará, de mais nada preciso. ELE É MEU PASTOR!